20/04/2017

"No fim deste programa vamos colocar 300 pessoas no centro histórico. Uma grande parte são pessoas novas. Menos de meia dúzia de fogos estão habitados e pessoas vão-se manter. Em alguns casos, vamos usar estas casas para transferências dentro do centro histórico. Só este programa representa 3% da população do centro histórico", revelou ontem Manuel Pizarro em reunião de executivo.




Para a Câmara do Porto este é o primeiro programa público para fazer regressar as pessoas ao centro histórico. "Nunca tinha havido uma política da Câmara do Porto que visasse trazer pessoas da periferia para o centro histórico", afirmou Pizarro. Numa primeira fase, autarquia vai dar oportunidade de regresso às pessoas que saíram do centro histórico para bairros e só depois colocará os outros.


Rui Moreira disse a propósito que a futura preocupação da Câmara "será ter mercado de arrendamento disponível para a classe média, porque também tem direito a viver no centro histórico. O mercado não tem capacidade para disponibilizar arrendamento em condições sustentáveis para a classe média, muito menos para habitação social", afirmou o presidente da Câmara, assumindo existir "uma falha de mercado no centro histórico, mas que não é justo dizer que é por causa do turismo".


Segundo Rui Moreira, "muitas pessoas saíram do centro histórico porque quiseram sair" e "agora que o centro histórico tem outras condições, a maré inverteu-se".


Os edifícios situam-se na rua da Arménia, rua de Trás, rua do Infante D. Henrique, rua de Cima do Muro, rua da Reboleira rua Tomás Gonzaga e rua D. Hugo.