13/04/2017
Um terreno adquirido pela Câmara do Porto ao Fundo do Aleixo por 2,168 milhões de euros, foi vendido este mês por 2,485 milhões, produzindo um lucro à autarquia superior a 300 mil euros. A aquisição e venda do terreno foi decidida por Rui Moreira, na sequência da fórmula encontrada pelo atual executivo para resolver o problema encontrado, em 2013.

Com esta aquisição e com a entrada, simultânea, de um novo investidor privado - a Mota Engil - a Câmara do Porto resolve, assim, um dos mais complicados problemas encontrados pelo presidente da Câmara quando tomou posse. Em causa está a demolição das torres do Aleixo e o realojamento dos seus moradores, inquilinos municipais, decididos pelo anterior executivo.

O processo chegou a deitar duas torres abaixo, mas o fundo, constituído por promotores imobiliários e pela própria Câmara, nunca entregou a habitação social a que se tinha comprometido com o município e encontrava-se sem liquidez para cumprir as suas obrigações. A situação em 2013 era, pois, de impasse.

As soluções encontradas por Rui Moreira passaram pela diminuição da volumetria final do empreendimento a construir e pela recapitalização do fundo, através da entrada de um novo investidor, mas também através da aquisição de um terreno pelo seu valor histórico. A solução, que tinha sido criticada pela oposição, por alegadamente prejudicar a autarquia, revelou-se agora num ganho de gestão de mais de 300 mil euros a favor da autarquia.

Mas, além de arrecadar a verba, que agora poderá ser aplicada em projetos de habitação social na cidade, a Câmara do Porto viu resolvido o problema do Aleixo. O próximo passo é a entrega, por parte do fundo, das novas habitações sociais.