18/08/2016

Nesta primeira fase, viajaram para a ilha da Madeira 11 efetivos (entre os quais, bombeiros, arquitetos, engenheiros, técnicos de apoio social) que se irão encarregar de inspeções ao edificado, execução de escoramentos em edifícios em risco de ruir, levantamento da área florestal ardida e vias de comunicação afetadas, na promoção do regresso das famílias às suas habitações e na mitigação do stress pós-traumático.


"Vamos complementar equipas que estão no terreno, sendo que os primeiros trabalhos serão na área da avaliação do edificado e infraestruturas, construções que tenham sido afetadas, como escolas, jardins-de-infância, tudo aquilo que é necessário para o normal funcionamento do Funchal", explicou Rebelo de Carvalho, Comandante do Batalhão Sapadores Bombeiros do Porto.


Rebelo de Carvalho adiantou, também, que a equipa será ajustada em "função do cenário e das necessidades". "A durabilidade [no terreno] ou outras equipas que nos venham a suceder no local depende sempre da avaliação do que vamos encontrar e do que o Município do Funchal nos venha a solicitar", referiu ao www.porto.pt.


Cátia Fernandes, educadora social na Domus Social, que também participa na comitiva, explicou que a sua prioridade é "ajudar no apoio às pessoas que ficaram desalojadas e que perderam tudo". "Daqui a três semanas inicia-se o ano escolar e é necessário dar todo o apoio a estas pessoas que perderam os seus bens pessoais e que sofreram uma grande perda emocional, pois ao ficarmos sem nada, ficamos sem as nossas raízes".




Ontem, ao final da tarde, o presidente da Câmara do Porto, participou numa reunião de trabalho com a equipa que seguiu hoje para a Madeira, agradecendo a "solidariedade e a disponibilidade" que os colaboradores da Câmara do Porto demonstraram para participar nesta delegação.


"Esta missão não é uma operação de cosmética política, acreditamos que temos pessoas competentes, com experiência e dedicação e constitui uma prova de cidadania que a honra a cidade do Porto", sublinhou o autarca.


Recorde-se que durante a catástrofe que vitimou três pessoas e queimou dezenas de casas e quilómetros de floresta na Região Autónoma da Madeira, Rui Moreira enviou uma mensagem a Paulo Cafôfo, presidente da Câmara do Funchal (uma das zonas mais afetadas), oferecendo solidariedade e ajuda. As duas autarquias têm colaborado em diversas matérias, depois de um encontro entre os dois autarcas que teve lugar este ano no Porto.

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