13/10/2016

O investimento cresce e concentra-se em áreas como a qualidade de vida e ambiente, a coesão social e o urbanismo e requalificação urbana. As contas à moda do Porto permitiram inverter definitivamente a tendência de diminuição dos orçamentos municipais, apesar de uma descida do IMI em 10% em 2017, a segunda neste mandato.


A proposta de orçamento do Município do Porto, para o ano de 2017, que quarta-feira será discutida e votada pelo executivo municipal, tem em conta o atual contexto macroeconómico, bem como os princípios de rigor e prudência nos pressupostos, nomeadamente sendo conservadores na projeção da receita e firmes na redução da despesa, de gestão cuidadosa, transparência e rigor nas contas públicas e de concentração de meios na Coesão Social, Economia e Emprego e Cultura, áreas definidas como prioritárias na atuação do Município.


Em termos globais, o orçamento prevê um crescimento de 17,9%, face a 2016, no montante de 37 milhões de euros, fixando-se em 244,2 milhões de euros. Nos principais objetivos estratégicos da autarquia encontram-se o Ambiente e Qualidade de Vida com cerca de 28 milhões de euros, a Coesão Social com 24 milhões de euros (dos quais 17,8 milhões se referem a habitação social), o Urbanismo e Reabilitação Urbana com cerca de 19 milhões, a Economia e Emprego com 13 milhões e Cultura com cerca de 6 milhões.


O investimento, no total de 68,2 milhões de euros, representa um aumento de 47,3% relativamente ao orçamento de 2016, destacando-se os investimentos no âmbito da coesão social, na reabilitação/requalificação urbana.


O valor projetado da dívida de médio e longo prazo para o final de 2017 é inferior em 48,7 milhões de euros (50,2%) à que se verificava no final de 2013.


Mantém-se a disponibilização de apoios à habitação para famílias mais vulneráveis, através do programa Porto Solidário - Fundo Municipal de Emergência Social.


No âmbito do novo modelo de gestão da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), preveem-se 1,7 milhões de euros para cumprimento da obrigação de serviço público, por efeito da partilha das competências de gestão e a repartição das despesas entre o Estado, a Área Metropolitana do Porto (AMP) e seis autarquias onde a STCP presta serviço.


No que se refere ao IMI, propõe-se uma redução da taxa para os prédios urbanos de 0,36% para 0,324% a segunda do mandato, depois de ter descido outros 10% em 2014, no primeiro orçamento aprovado pelo atual executivo.


Mantém-se a redução da taxa da derrama, a aplicar às empresas com um volume de negócios inferior a 150 mil euros anuais, fixando-a em 1% do lucro tributável e não isento de IRC.