24/08/2016

"Nós não queremos fazer uma cidade de condomínios, queremos fazer uma cidade aberta", assumiu Rui Moreira, referindo que se antigamente se falava em "erradicação das ilhas", hoje o seu executivo defende que há 'ilhas' que têm condições habitacionais e que "fazem parte de uma forma de viver da cidade do Porto que nós não queremos perder e que queremos recuperar".


O presidente da Câmara afirmou ainda que a iniciativa "cabe dentro dos recursos da Câmara do Porto", lamentando não ter recebido "um tusto" dos fundos comunitários até ao dia de hoje, um facto que tinha previsto em 2013. "É evidente que se o Porto tivesse recebido fundos comunitários outro galo cantaria, as coisas seriam mais rápidas, seriam diferentes. Mas a gente, como todos nós remediados que somos, temos que viver com o que temos, não podemos esperar outra coisa", declarou.


"Eu na altura disse uma coisa - Espero não ter razão -, infelizmente passaram três anos e estou carregado de razão que é uma coisa que é muito infeliz. A maior infelicidade que eu tenho é ter razão relativamente aos fundos comunitários", acrescentou.


O vereador da Habitação e Ação Social garantiu que este não é apenas um processo de reconstrução das casas, mas também de regeneração urbana, existindo um esforço de humanização que a Câmara do Porto entende como fundamental neste tipo de obra. "O compromisso é assegurar que as pessoas da Bela Vista poderão regressar às suas casas de origem", assegurou Manuel Pizarro.


A cidade do Porto tem cerca de mil ilhas. Esta intervenção, numa que é propriedade pública, pretende ser um modelo replicável no vasto conjunto de ilhas privadas existentes na cidade e demonstrar que com iniciativa é possível oferecer uma "segunda vida" a estes espaços.


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