24/11/2020

O Município do Porto tem vindo a melhorar as condições de habitabilidade dos bairros municipais. Eficiência energética, conforto térmico e poupança são os resultados diretos desta aposta, que foi reconhecida pela Comissão Europeia como boa prática na aplicação dos fundos comunitários.



A concretização do plano de intervenção de eficiência energética passou, essencialmente, pelo isolamento térmico das paredes exteriores, isolamento térmico das coberturas, instalação de envidraçados mais adequados e, nalguns casos, quando viável, a instalação de coletores solares térmicos.


Do total dos 48 bairros do município do Porto, cuja gestão é efetuada pela Domus Social, foram já 11 os complexos habitacionais beneficiados tendo em vista o fomento de um uso mais adequado da energia: Bom Pastor, Carvalhido, Cerco do Porto, Falcão, Eng. Machado Vaz, Monte da Bela, Mouteira, Pereiró, Ramalde, Santa Luzia e S. João de Deus. Este conjuntos habitacionais foram objeto de uma intervenção no âmbito do projeto confinanciado pelo Programa Operacional Regional do Norte (Norte 2020), Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Com um investimento total de 37.362.885,45€; um investimento elegível de 9.853.987,51€; e um confinanciamento de 8.375.889,39€.


Este projeto de transformação energética viu reconhecido o seu mérito pela Comissão Europeia, tendo sido referenciado como boa prática na aplicação dos fundos da União Europeia.


“A candidatura surgiu da necessidade de melhorarmos a eficiência e desempenho energético e o conforto térmico dos inquilinos municipais. Aproveitámos os recursos financeiros que estavam à disposição”, sublinhou o vereador da Habitação e Coesão Social, Fernando Paulo, detalhando que a intervenção abarcou mais de 100 edifícios, abrangendo no total cerca de 1.700 fogos.


A eficiência energética, para além de respeitar o ambiente promovendo a utilização de fontes renováveis, permite potenciar o conforto térmico das habitações e reduzir a fatura energética, dotando os edifícios de maior sustentabilidade.


O estudo de monitorização demonstra que houve uma significativa redução do consumo de energia, na ordem dos 47%, e também de emissões, de aproximadamente 50%. É um passo para o objetivo de reduzir a metade as emissões de dióxido de carbono até 2030 e, mais ainda, alcançar a meta da neutralidade carbónica até 2050.


A habitação social no Porto tem um peso de 13% sobre o património edificado da cidade, o correspondente à gestão municipal de cerca 13.000 fogos, onde vivem 30.000 pessoas. Só nos últimos sete anos, o investimento em habitação social ultrapassou os 100 milhões de euros.