Acompanhar as pessoas com mais idade que vivem nos bairros sociais da cidade e promover maior qualidade de vida a esta população idosa que vive sozinha são os principais objetivos do “Porto.Importa-se”, um projeto criado em 2017 pela empresa municipal Domus Social, em parceria com o Instituto Superior de Serviço Social do Porto que assegura a intervenção técnica e social direta destas pessoas que vivem isoladas.

Para conhecer melhor este projeto, assista aqui à reportagem sobre o “Porto. Importa-se” divulgada esta semana na RTP.

Nos 48 bairros municipais geridos pela Domus Social, residem cerca de 30 mil moradores, dos quais aproximadamente 6,57% são idosos isolados. Os inquilinos sozinhos com mais de 70 anos e os casais com mais de 75 anos estão entre os que mais sofrem com o isolamento, situação que se agravou com a pandemia.

Neste contexto, o projeto “Porto.Importa-se” tem especial relevância no combate ao isolamento desta população mais vulnerável, ativando as redes alargadas de parceiros e promovendo os serviços de proximidade, contando para o efeito com a parceria das Juntas de Freguesia e estruturas locais de solidariedade social.

Quando surgiu, o projeto partiu do mapeamento de todos os idosos que vivem sozinhos nos bairros sociais da cidade, o que possibilitou um conhecimento profundo da realidade desta população. Dos cerca de três mil inquilinos a quem se destina o projeto, 1.913 são pessoas que vivem isoladas e 1.006 são casais com mais de 75 anos. Na primeira fase de intervenção, esta abordagem permitiu identificar 208 casos considerados de isolamento social severo que passaram a receber acompanhamento regular.

A intervenção direcionada para estas situações mobilizou a realização de várias reuniões com agentes locais, identificando-se como principais áreas de intervenção acionadas: a saúde, as respostas sociais diversas, os recursos económicos, a monitorização pelas estruturas locais e o acompanhamento jurídico.

O projeto conta ainda com o apoio do Departamento Municipal de Coesão Social da Câmara do Porto e da Santa Casa da Misericórdia do Porto para a instalação de cerca de 150 equipamentos de assistência tecnológica e humana, contribuindo também desta forma para a diminuição do isolamento destes idosos.

Pelo trabalho já desenvolvido, o “Porto. Importa-se” foi distinguido em 2018 como boa prática por promover a qualidade do envelhecimento na zona norte do país, no encontro Ageing Summit.