Em Conquista de Ceuta, Rui Catalão dispõe o público em palco como um grupo de excursionistas sentado pela memória, em que a história de Portugal é revista à luz de acontecimentos anedóticos que desmentem a grandiosidade sugerida pelos livros de História. A intimidade e os objetivos bem mais terra a terra das suas personagens devolvem-nos, não os atos heróicos de um passado distante, mas a herança mais recente do país ainda como existe. A expansão marítima portuguesa teve início em Ceuta, e esta Conquista de Ceuta é também um regresso à história, à história recente de que somos os herdeiros diretos.