Esta comédia de 1932, da autoria de Ödön von Horváth, mostra-nos uma sociedade cínica, mesquinha e egoísta, sempre pronta a desumanizar-se, num período de decadência material, espiritual e moral. Para o autor este poderia ser o título de todas as suas peças (como afirmou), "pois todas assentam num tempo em que acreditar, amar e ter esperança são uma utopia necessária".

 

A peça, dirigida por Tónan Quito, conta-nos a história de Elisabeth, que procura desesperadamente a sua sobrevivência e acaba vítima da máquina doestado, onde não é permitido que um indivíduo siga os seus sonhos; no início ela tenta vender o seu corpo ao Instituto de Medicina Legal porque precisa de dinheiro; é acusada de fraude e acaba rodeada de pessoas abandonadas e maltratadas pelo estado, até encontrar por breves momentos o amor; mas cansada de ser "perseguida" acaba por se atirar ao rio apagando a única réstia de esperança.

 

É possível sermos humanos em tempos de crise?


Data: 7-9 de julho

Hora: 21h30
Duração: 90 minutos
Local: Campanhã (a definir)
Classificação Etária: M12
Iniciativa: Cultura em Expansão
Ciclo: O Palco é a Cidade (Teatro)
Entrada: Gratuita

Mais informações sobre o programa completo aqui.
Sexta-feira 07 de Agosto