Numa produção da companhia Assédio Teatro, Sarna é a história de muitas e imaginárias vinganças de esquina escura, e de falhados sonhadores. A peça articula dois monólogos interpretados pelo mesmo ator, Pedro Frias. No primeiro, narra-se, pela boca do perseguidor, a perseguição e martírio de Rookie Lee, acusado de contaminar o gang com sarna. O segundo é o de Rookie Lie, e narra o modo como o seu perseguidor morre para salvá-lo. O calão violento e grosseiro, um trabalho de linguagem em permanente reinvenção do seu estatuto, dão marca de um universo urbano em desagregação, por todos os lados ameaçado, condição metaforizada na doença de pele.