O mito de Penélope dá conta de uma das mais vividas imagens de feminilidade, a da mulher que espera pelo amor e enquanto espera, pacientemente, borda e tece.
Ulisses, o herói aventureiro, emigrou e tarda em regressar a casa; Penélope, a esposa resiliente, ficou para trás e aguarda e... enquanto espera, tece histórias e perguntas: se Ulisses é um emigrante, que transformações provoca na Penélope que é deixada ao abandono? Quantas - e quão diversas - Penélopes existem na cidade do Porto? Quantas histórias por detrás dessas mulheres? Que papel desempenham nos vários domínios da sua vida familiar e profissional? Que lugar na comunidade ocupam? Que inquietações?
No fim da peça, concebida e dirigida por Diana de Sousa, guardamos só os testemunhos que nos lembram que o amor não é só exaltação, mas também contradição.