Na passada quinta-feira, o Bairro das Campinas abriu portas a mais uma residência sénior partilhada. A Domus Social soma agora 12 espaços deste tipo no Porto, com o objetivo de promover a autonomia, combater o isolamento social e incentivar o envelhecimento ativo da população mais velha.
As residências sénior partilhadas inserem-se nas políticas sociais municipais e visam dar resposta a situações de carência económica e habitacional, afetando pessoas idosas.
A abertura deste novo espaço representa mais um passo na consolidação desta resposta habitacional, permitindo agora a três novos moradores usufruírem de uma casa condigna, adaptada às suas necessidades.
Para assinalar o momento, os novos inquilinos foram recebidos pessoalmente pelo vereador da Habitação, Pedro Baganha, num gesto simbólico de acolhimento.
A iniciativa contou igualmente com a presença da presidente da Junta de Freguesia de Ramalde, Patrícia Rapazote, bem como das assistentes sociais responsáveis pelo acompanhamento do projeto e pela integração de acompanhamento dos novos residentes.

De tipologia T3, a nova residência acolhe três moradores, promovendo a construção de uma história de entreajuda e convivência partilhada, sem comprometer a privacidade assegurada pelos quartos individuais. A sua localização oferece ainda boas condições e acessibilidade à cidade.
Por iniciativa da Junta de Freguesia – parceira ativa no acompanhamento e apoio domiciliário aos novos inquilinos, juntamente com a Liga Amigos da Unidade de Saúde Familiar de Ramalde –, a nova residência foi ainda equipada com eletrodomésticos no âmbito do projeto EcoPorto, uma iniciativa da Porto Ambiente que promove a reutilização e reparação de equipamentos, em linha com os princípios da economia circular.

Funcionamento da iniciativa
Fruto da colaboração entre a Domus Social e as Juntas de Freguesia, são sinalizadas pessoas com mais de 65 anos, em situação de vulnerabilidade, que aguardam atribuição de uma habitação social.
A estas pessoas é feita a proposta de integrar uma residência partilhada, em habitações municipais adaptadas a esta resposta, sem custos de arrendamento.
Os residentes dispõem de apoio domiciliário e as Juntas de Freguesia promovem o acompanhamento social regular. São também disponibilizados serviços de limpeza, lavandaria, refeições, higiene pessoal, entre outros, para gestão do dia-a-dia na habitação.
A tipologia das habitações varia entre T2 e T3. A cedência a custo zero destes fogos considera a localização, no ponto de vista das acessibilidades, e os interesses demonstrados pelos interessados.
Em média, cada residência acolhe, no máximo, três pessoas. Os residentes partilham os espaços comuns da habitação - comparticipando as despesas da água, da luz e da televisão - mas mantêm o seu quarto individual.
Viver em comunidade com dignidade
Mais do que uma solução habitacional, estas residências oferecem um ambiente de partilha, convivência e apoio mútuo e, atualmente, já promovem relações de proximidade e um quotidiano mais seguro e acompanhado para mais de 30 munícipes do Porto, com idades compreendidas entre os 65 e os 90 anos.
