02/04/2024

Foi publicado, ontem, em Diário de República, o concurso público para a primeira fase da empreitada que vai fazer nascer mais habitação acessível em Lordelo do Ouro. O concurso inclui a construção de dois edifícios que, juntamente com trabalhos de reformulação urbanística envolvente, irão corresponder a um investimento municipal que ultrapassa os 20 milhões de euros.  

 

É na área circundante ao Bairro de Lordelo, mesmo ao lado dos bairros de Pinheiro Torres, Mouteira e Condominhas, que se vão erguer os dois blocos destinados a renda acessível e que assinalam a primeira fase do projeto de habitação pública e regeneração urbana em Lordelo do Ouro. No total, vão ser construídos 291 fogos, 109 dos quais correspondentes a esta fase de arranque, cuja gestão da empreitada está à responsabilidade da Domus Social.

 

Um dos blocos a ser construído nesta fase é o Edifício E, que contará 91 fogos: 52 de tipologia T1, 26 de tipologia T2 e 13 de tipologia T3. O edifício destaca-se do padrão habitacional municipal pela sua altura, uma vez que terá 16 pisos, 14 dos quais acima da cota da soleira. O tijolo à vista é o principal elemento expressivo das fachadas, uma opção da responsabilidade dos arquitetos Filipe Madeira e Vânia Saraiva – FMVS Atelier de Arquitetura.

 

Já o outro bloco a ser erguido, o Edifício C, integrará um logradouro vegetal privado, cinco pisos de construção e um piso de estacionamento. O projeto, assinado por Francisco Pina Cabral, Francisco Amoedo Pinto, Luís Vitorino Caleiro e Maria de Souto de Moura – Sombras Verticais Arquitetura Lda., prevê que o novo edifício disponha de 12 habitações de tipologia T1, três de tipologia T2 e três de tipologia T3, além de cinco espaços para fins comerciais.

 

Ambas as empreitadas devem iniciar no segundo semestre deste ano, com prazo de conclusão de 25 meses.

 

No que diz respeito a objetivos relacionados com eficiência energética e sustentabilidade, os dois projetos adotaram estratégias e soluções que contribuam para a implementação da Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas. São provas desse esforço a opção por coberturas para produção de energia fotovoltaica, a otimização da luz e ventilação natural, e a aplicação de soluções de uso eficiente de água, tais como a reutilização, aproveitamento de águas pluviais e adoção de coberturas verdes.

 

Numa zona com elevada incidência de habitação social, este projeto do Município do Porto pretende promover a mistura e a coesão social e fazer cidade na zona de Lordelo do Ouro. 

 

Concluídas todas as fases, o loteamento em Lordelo do Ouro deverá ser constituído por cinco edifícios. Para a construção dos restantes lotes, o município do Porto conta investir cerca de 40 milhões de euros, num investimento total superior a 63 milhões de euros.