Cerca de 150 crianças e jovens de vários bairros da cidade têm agora a oportunidade de mostrar os as suas criações artísticas nas “Galerias Comunitárias”, que abrem portas na Pasteleira, Lagarteiro, Aldoar, Fontainhas, Ramalde, Lordelo e Viso. As obras, que resultam de 500 ateliers promovidos pelo Espaço t, retratam as emoções mais presentes no quotidiano destes jovens artistas.
Na última quinta-feira, foi no bairro do Lordelo que assistimos à inauguração de uma das sete galerias deste projeto “Galerias Comunitárias”, com a presença do vereador da Habitação, Pedro Baganha, em representação da Domus Social, entidade parceira da iniciativa.
Durante o evento, Catarina Oliveira, formadora de expressão plástica, revelou o conceito por trás dos trabalhos apresentados: “Abordámos as cinco emoções básicas — felicidade, tristeza, nojo, raiva e medo — e lançámos o desafio de ilustrarem situações do dia-a-dia que despertam essas emoções. Como poderiam elas ser representadas visualmente?”
Além das ilustrações do quotidiano destes jovens, cada autor surge também representado por um trabalho de transferência fotográfica, no qual são utilizadas as cores que as crianças associam às suas próprias emoções.
“Este exercício que presenciamos aqui hoje revela algo tão ingénuo quanto profundo. Alguns desenhos transmitem uma alegria evidente, enquanto outros contam histórias que, pela sua força emocional, nos fazem parar. As Galerias Comunitárias são um projeto louvável que merece o melhor reconhecimento de todos os envolvidos, especialmente das crianças.”, partilhou Pedro Baganha, depois de percorrer cada uma das obras.
As “Galerias Comunitárias” surgem com o objetivo de levar a arte plástica aos territórios mais vulneráveis do Porto, criando um roteiro cultural que aproxima a cidade dos bairros. Mais do que a exposição dos trabalhos, este projeto visa promover a inclusão social e o exercício de uma cidadania ativa, reduzindo a exclusão social e os comportamentos de risco.
Pode visitar cada uma das exposições nas seguintes localizações:
A iniciativa conta com o investimento social da Câmara do Porto, através da Domus Social, o financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito da iniciativa Growing Minds, e a colaboração da Fundação de Serralves como parceiro artístico.